Na noite passada chorei pelo Brasil. Por Ananindeua. Pela Democracia. Pelo Estado Democrático de Direito.
Não chorei de soluçar. O chorar não foi copiosamente. Foram algumas lágrimas. Mas expressaram um forte sentimento. Uma forte tristeza que sinto. Quando olho pela janela vejo desdém. Pela Democracia. Pelo Estado Democrático de Direito.
Aos olhos parece que a grande maioria dos brasileiros não se importa com a Democracia. Não vejo como novidade, pois historicamente é assim. A maioria nunca entendeu bem a importância do Estado Democrático de Direito. A importância de reprimir aqueles que querem o derrubar, mas sem que o Estado use de forças que não lhe cabem em Lei. Sem censuras não previstas. Sem violência não legalizada.
Lagrimei. Quando digo isso não é estratégia literária. É afirmativa real.
Para muitos historiadores que pesquisam História Antiga, Medieval e Moderna, é um sonho ter acesso a amplo conteúdo produzido por sujeitos do dia a dia. Observar como aqueles sujeitos pensavam. Mas para esses períodos as fontes que permitem isso são escassas, ou mesmo inexistentes. Hoje não.
Por isso chorei. Vendo como pensam as pessoas.
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